segunda-feira, 27 de maio de 2019

THE LOST IN LOVE EXPERIENCE



O duo australiano, que há pouco alcançou a marca de 5.000 shows, estará no Brasil em agosto para apresentar a Turnê "Lost in Love Experience"

"All You Need Is Love", dizia o grande hit dos Beatles em 1967. 52 anos depois, podemos afirmar sem medo que, de fato, amor é do que mais necessitamos desde sempre! E é exatamente por investir com muita qualidade artística na música romântica que o duo Air Supply mantém há mais de quatro décadas um lugar cativo nos corações de seus inúmeros fãs mundo afora.

Eles celebram atualmente a incrível marca de mais de 5 mil shows realizados em sua trajetória com uma nova turnê, Lost In Love Experience, que chegará ao Auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre, dia 25 de agosto, com realização da Hits Entretenimento.

Nessa turnê, que estreou na Austrália e ainda passará pelos EUA e Canadá antes de chegar por aqui, o repertório trará aquelas canções que aprendemos a amar, entre as quais "All Out Of Love", "Lost In Love", "Every Woman In The World" e "Making Love Out Of Nothing At All", só para citar algumas delas. Um banho de sensibilidade, com belas melodias e versos românticos e apaixonados.

BIO

Tudo começou em maio de 1975, quando o cantor, compositor e músico inglês Graham Russell conheceu o cantor Russell Hitchcock em uma montagem australiana do famoso musical "Jesus Cristo Superstar", de Andrew Lloyd Webber e Tim Rice. A empatia entre os dois foi imediata, e a ideia de criarem um projeto próprio, também. O primeiro álbum do Air Supply, autointitulado, saiu em 1976, e emplacou nas paradas locais o single "Love And Other Bruises".

Em 1977, eles foram a banda de abertura da turnê australiana do astro do pop-rock Rod Stewart, e o cantor britânico gostou tanto que os convidou para acompanha-lo nos shows que faria nos EUA e Canadá, parceria que deu certo demais.

Ao ouvir o quarto álbum australiano da banda, "Life Support" (1979), o lendário produtor americano e então diretor da Arista Records, Clive Davis, gostou muito de uma das músicas incluídas nele, "Lost In Love". Gostou tanto que resolveu convidar o duo para entrar em sua gravadora. Começava ali uma parceria milionária.

Em 1980, saiu o álbum "Lost In Love", o primeiro deles a conseguir repercussão no disputado mercado americano, atingindo o 22º posto nos charts de lá. Deste trabalho, foram extraídos três singles de muito sucesso: a faixa-título (em nova versão - nº 3 nos charts), "All Out Of Love" (nº 2) e "Every Woman In The World" (nº 5).

O som romântico e próximo do soft rock encantou o público pop nos EUA e no resto do planeta. Esse namoro se consolidou com o álbum seguinte, "The One That You Love" (1981), que chegou ao nº 10 entre os LPs mais vendidos nos EUA e emplacou mais três singles certeiros por lá: a faixa-título (nº1), "Sweet Dreams" (nº 5) e "Here I Am" (nº 5).

Em 1982, veio mais um álbum de sucesso, "Now And Forever", nº 25 nos EUA e trazendo como destaque a canção "Even The Nights Are Better" (nº 5 entre os singles). O sucesso da dupla era tamanho que justificou o lançamento, já em 1983, da coletânea "Greatest Hits", trazendo todos seus êxitos até aquele momento e de quebra uma faixa inédita, "Making Love Out Of Nothing At All", de autoria do premiado compositor e produtor Jim Steinman (Bonnie Tyler, Meat Loaf). E essa música chegou ao nº2 nos EUA, virando hit, também!

Parte integrante da trilha do filme "Ghostbusters- Os Caça-Fantasmas" (1984), a balada "I Can Wait Forever" foi o carro-chefe do álbum seguinte do Air Supply, autointitulado e que chegou ao número 84 da parada ianque. "Lonely Is The Night" seria o próximo hit, lançada em 1986 no álbum "Hearts In Motion".

Em 1987, após lançar um disco natalino, "Christmas Album", o duo entrou em um período de recesso que só terminaria com o lançamento, em 1991, do álbum "The Earth Is". Em 1993, viria o premiado "Vanishing Race", cuja faixa-título homenageava os índios norte-americanos e lamentava seu extermínio através dos tempos.

Utilizando esse repertório repleto de hits a seu favor, o Air Supply se manteve permanentemente na estrada, fazendo turnê por todo o planeta, especialmente pela Ásia, onde possui seu fã-clube mais fiel. Mas não só por lá. Em 2005, por exemplo, fizeram um show em Havana, Cuba, que comportou 175 mil pessoas.

Em 2005, lançaram o DVD "It Was 30 Years Ago Today", comemorando seus então 30 anos de carreira. O CD acústico "The Singer And The Song" (2006) e o álbum de estúdio "Mumbo Jumbo" (2010) são outros momentos bacanas dos anos mais recentes.

A popularidade perene do Air Supply é tanta que inspirou o autor canadense Jim Millan a criar um musical com as suas canções, "All Out Of Love: The Musical", que estreou nas Filipinas em 2018 e conta com uma música inédita escrita por Graham Russell especialmente para tal produção, "I Was In Love With You".

Recentemente Russel e Graham lançaram o álbum Lost in Love Experience, gravado com a Orquestra Sinfônica de Praga, basta clicar e ouvir que showozaço!


segunda-feira, 13 de maio de 2019

Cajuína, de Caetano Veloso

“Caetano havia chegado a Teresina para um show. Estava muito triste. Retornava pela primeira vez à cidade onde havia nascido um de seus principais parceiros na Tropicália e seu grande amigo, o poeta Torquato Neto, meu primo, que havia se suicidado em 1972”, escreveu o jornalista, poeta e escritor piauense Paulo José Cunha.

Foi a partir desse momento que começou a ser escrita a história das entrelinhas de Cajuína, música de Caetano Veloso gravada em 1979 para o disco Cinema Transcendental. Oito versos de um xote um tanto melancólico que se questiona sobre a efemeridade da vida, de belezas e mistérios.

A canção começou a ser composta por Caetano quando chegou a Teresina (PI) com a turnê Muito e recebeu no hotel a visita de Dr. Heli Nunes, o pai de Torquato. Aquela era a primeira vez que o encontrava após o trágico fim do amigo.

“Senti uma dureza de ânimo dentro de mim. Me senti um tanto amargo e triste mas pouco sentimental”, relembrou Caetano, que não havia chorado no momento em que recebeu a notícia da morte súbita de Torquato. Foi apenas ao se encontrar com Dr. Heli, anos depois do ocorrido, que sua “dureza amarga se desfez”, como traduziu o próprio Caetano.

Maria Salomé, Torquato Neto e Heli Nunes - Cajuína




Maria Salomé, Torquato Neto e Heli Nunes
Naquele momento de reencontro, Caetano derramou as lágrimas guardadas e foi consolado com grande ternura pelo pai de seu amigo. Dr. Heli o levou até sua casa e lá ficaram a sós (já que Dona Maria Salomé, mãe de Torquato, estava hospitalizada). Ele conta que não trocaram muitas palavras, mas contemplaram juntos as inúmeras fotografias de Torquato expostas pelas paredes da casa.

Dr. Heli, como se desejasse relembrar a beleza da vida, deu ao amigo de seu filho uma rosa-menina colhida diretamente do quintal; e também serviu cajuína, como se quisesse adocicar aquele instante. Caetano continuava a derramar lágrimas, mas não mais de tristeza ou amargura. “Era um sentimento terno e bom, amoroso, dirigido a Dr. Heli e a Torquato, à vida. Mas era intenso demais e eu chorei”, simplificou Caetano.

E foi no dia seguinte, quando pegou a estrada, que Caetano escreveu Cajuína, expressando em palavras cantadas a complexidade e simplicidade de momentos que despertam sentimentos quase intraduzíveis.

O Anjo Torto

Chico Buarque e Torquato Neto - Cajuína




Chico Buarque e Torquato Neto

Em 1967, o Tropicalismo se firmava como movimento cultural e tinha como grande letrista Torquato Neto. Ele assinou importantes canções, como Geleia Real, Louvação, Marginalia 2, Mamãe Coragem e Deus vos Salve esta Casa Santa, fazendo parcerias com Gilberto Gil, Caetano Veloso, Edu Lobo e Jards Macalé. No período pré-Tropicalista, também conheceu Chico Buarque de Holanda, de quem se tornou grande amigo.

Mas aqueles eram tempos difíceis para sonhadores. Fazer arte significava um ato de bravura e a censura tentava calar Torquato, que, além de letrista e poeta, também era jornalista, tendo assinado por muitos anos a coluna Música Popular, do jornal O Sol, e também a polêmica Geleia Real, publicada no Última Hora. Com a repressão, Torquato se afastou de tudo e todos e chegou a se internar voluntariamente por conta de sua instabilidade mental agravada.

Torquato Neto, conhecido como o Anjo Torto da Tropicália, cometeu suicídio no dia 10 de novembro de 1972, um dia após seu aniversário de 28 anos. Foi ainda na madrugada, após seus convidados terem deixado sua casa no Rio de Janeiro (RJ), que decidiu abrir as torneiras de gás de seu banheiro. Lá foi encontrado morto ao amanhecer, asfixiado.

Torquato Neto no filme Nosferatu do Brasil, de 1971.




Torquato Neto no filme Nosferatu do Brasil, de 1971

Os jornais da época relataram que as últimas anotações encontradas em seu caderno de espiral traziam frases como Pra mim chega e O amor é imperdoável, esta última atribuída a Caetano Veloso. No livro Torquato Neto: uma poética de estilhaços, o escrito Paulo Andrade transcreveu a nota de suicídio assinada pelo poeta:

“FICO. Não consigo acompanhar a marcha do progresso de minha mulher ou sou uma grande múmia que só pensa em múmias mesmo vivas e lindas feito a minha mulher na sua louca disparada para o progresso. Tenho saudades como os cariocas do tempo em que eu me sentia e achava que era um guia de cegos. Depois começaram a ver, e, enquanto me contorcia de dores, o cacho de banana caía. De modo Q FICO sossegado por aqui mesmo enquanto dure. Ana é uma SANTA de véu e grinalda com um palhaço empacotado ao lado. Não acredito em amor de múmias, e é por isso que eu FICO e vou ficando por causa deste amor. Pra mim chega! Vocês aí, peço o favor de não sacudirem demais o Thiago. Ele pode acordar”.

Quanto a seu pai, Dr. Heli, faleceu em 2010, aos 92 anos de idade. Seu sepultamento foi realizado por Thiago Silva de Araújo Nunes, único filho do poeta piauiense com Ana Maria, esposa de Torquato citada na carta de despedida.

Confira aqui a íntegra do relato de Caetano sobre a composição e abaixo o trecho de sua participação no Programa Livre, onde também fala sobre a história por trás da música.




Fonte: http://cajuadaaromatica.blogspot.com/

terça-feira, 7 de maio de 2019

O que o jato Legacy do acidente da Gol e o Guns N´ Roses têm em comum?


Você deve estar perguntando qual o que esse avião inscrito no México tem de interessante. Pois bem, lá vai a história:

Em 29 de setembro de 2006, um novo Embraer Legacy 600, que custou US$ 28.000.000,00 estava em seu vôo inaugural para os EUA. Devido a vários erros de ambos os pilotos e os controladores de tráfego aéreo, o Legacy teve um incidente com um avião comercial (um Boeing 737 da GOL).

Surpreendentemente, o jato Legacy sofreu apenas danos ponta da asa menor e pousou em segurança em uma base da força aérea na Amazônia. Nessa época a matrícula dele era N600XL.  Após o incidente, o avião foi apreendido na Base Aérea de Cachimbo,  Pará.

As autoridades tinham uma investigação para ser feita e a aeronave permaneceu em solo até a conclusão de todos os procedimentos. Em meados de 2009 a  empresa, General Aviation Services, foi contactada e indagada se teria comprar a aeronave, como estava, e onde estava.

A aeronave ainda estava um hangar na Base Aérea de Cachimbo. Em março de 2010, três engenheiros partiram dos Estados Unidos para avaliar o avião. Era uma aeronave nova (tempo total de 22 horas, oito decolagens), que tinha sido ficado no hangar por três anos. O exterior estava um pouco empoeirado, mas com um toque de mão, a tinta branca brilhante brilhou.

A única evidência de qualquer incidente no avião era a falta do winglet.


O interior, tendo sido selado durante três anos, era como no dia em que foi entregue.

XA-MHA - Embraer ERJ-135BJ Legacy 600 - Private


A partir de então, o jato que rasgou a asa do Boeing 737 da Gol passou a ser anunciado no país como uma aeronave nova, com pouco uso e abaixo do preço de mercado. Atualmente, o Legacy faz parte da frota de uma empresa de aviação executiva mexicana. E já esteve de volta ao Brasil ao menos uma vez, em abril de 2014, quando passou por Recife e Florianópolis transportando a banda Guns N´ Roses.

Hoje ele voa no Mexico com um novo esquema de cores, sem o logo da banda Guns N´ Roses.

XA-VBB - Embraer ERJ-135BJ Legacy - FlyMex

E, lógico, aquela playlist com o essencial do Guns!


ESTAMOS DE VOLTA E DE ENDEREÇO NOVO!

Resultado de imagem para retro playlist

A casa é a mesma mas o endereço mudou. Agora é:


E para comemorar nosso retorno, vai aí uma playlist daquelas!!!
Para quem não é assinante do Deezer, basta abrir no navegador do computador ou do próprio celular que as musicas tocam inteiras.